domingo, 17 de fevereiro de 2013

OS 72 DA USP: DENÚNCIA DA PROMOTORA DIREITISTA É INEPTA

A promotora, que extravasa sua bílis contra os petistas no Twetter,
tem sede de sangue: diz que os 72 "são criminosos e pagarão por isto"
- Então, é isso que dá o resultado obtido pelos revisionistas ao apoiarem as greves dos bate-paus!
 

Por Celso Lungaretti - Jornalista e escritor

Até o vetusto  Estadão  admite (ver aqui) ser inepta a denúncia de uma promotora direitista (ver aqui) contra 72 estudantes, professores e funcionários que honraram as tradições da Universidade de São Paulo, reagindo à escalada autoritária do Governo Alckmin e à ocupação militar do campus. 
Tamanho era seu ódio ao preparar a peça acusatória, que a promotora Eliana Passarelli cometeu um erro primário: encaminhou o inquérito ao Foro Regional de Pinheiros, que não tem competência para processar e julgar crimes cuja pena seja de reclusão (vide aqui). Repassada ao Foro Criminal da Barra Funda, tudo indica que a denúncia não será aceita.
Mas, a sucessão de aberrações jurídicas que marcou o Caso Battisti nos aconselha cautela: é fundamental que as forças democráticas se mantenham atentas e mobilizadas até que o perigo seja definitivamente afastado.
Neste sentido, reproduzo e apoio integralmente a nota da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da USP, de repúdio a "esta verdadeira campanha inquisitória que faz reviver as práticas mais sombrias da ditadura militar". Eis os trecho principais:
"As acusações tentam atribuir aos estudantes e trabalhadores que lutavam contra a militarização da universidade a pecha de criminosos, sendo que os estudantes e trabalhadores seriam enquadrados por: danos ao patrimônio público; pichação; desobediência judicial; e formação de quadrilha por lutar contra o projeto privatista e elitista de universidade.

...Chamamos todas as entidades do movimento estudantil e sindical, intelectuais, parlamentares e todos aqueles que se colocam em defesa dos direitos humanos como a Comissão da Verdade da USP a tomar a frente desta campanha pela anulação desta absurda denuncia, pela revogação das suspensões, para não permitir qualquer tipo de punição aos estudantes e trabalhadores. 
Seguimos na luta pela reintegração dos 8 estudantes eliminados, pela reintegração imediata de Claudionor Brandão (diretor do Sintusp), a reintegração dos 270 funcionários aposentados, pela retirada de todos os processos contra estudantes e trabalhadores e pelo fim da perseguição política na USP que passa pelo fim do decreto de 1972, criado sob o regime militar e utilizado nos dias de hoje (pela reitoria) para fundamentar os processos e sindicâncias que ainda vigoram contra estudantes, funcionários e toda a Diretoria de nosso Sindicato".

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A MÃO ESQUERDA DA DIREITA - Duas publicações num mesmo post. Confira!








 Do Blogueiro para um breve esclarecimento. Fui militante do PCB desde o ano 1989 ao ano de 1998. Em 1992 fui delegado no congresso do racha e candidato a Vereador pelo partidão.

Em 1998 iniciei minha militância no PSTU e permaneci neste partido até o ano de 2005.
Como consta no meu perfil, atualmente estou sem filiação partidária

Sendo assim, e diante das denuncias feitas pelo Blogue "Somos Todos Palestino", pela Liga Bolchevique Internacionalista e em publicações de Blogues do PCB e de Blogues independentes, eu republico esta nota elaborada pelo PCB de autoria de Paulo Kautscher que foi publicada em 28 de abril de 2010 e transcrita no Portal de Luis Nassif.

Trata-se na verdade de uma realidade criminosa que está gerando o fortalecimento das forças reacionárias dentro do espectro ideológico de lutas da esquerda histórica. 

Este desvio criminoso do PSTU-LIT, tem provocado uma dúbia interpretação nos rumos a serem seguidos pelo proletariado, sobretudo nacional e internacional de forma contígua. Sendo assim, cabe a todos os marxistas-revolucionários combater esta serpente perigosa que esta colocando seus ovos da "reação" em meio ao caminho das lutas de classe, patrocinando inclusive, agentes da CIA, com o intuito de vender uma falsa revolução.

Recentemente tivemos os acontecimentos bárbaros no despejo da comunidade de Pinheirinho no município de São Jose dos Campos - SP, onde a Policia Militar cometeu todos os crimes mais bárbaros possíveis, destruindo moradias com todos os móveis dentro, batendo em velhos, mulheres e crianças, ferindo moradores a tiros e, inclusive impedindo que moradores fizessem a retirada de pertences e documentos pessoais de dentro de suas casas. Foram despejados cerca de oito mil pessoas que viviam a mais de uma década no local.

Dias após a esta barbaridade, a nível nacional, o PSTU-LIT pediu através de suas mídias (Home e Blogue), apoio dos despejados e dos movimentos sociais para a greve dos policiais, como se para o proletariado policiais fossem trabalhadores e não agentes da repressão a serviço da classe dominante. Belo entendimento...

Como defini acima, estarei fazendo duas publicações numa mesma postagem


. Primeiro Post

Defender a Revolução Cubana é uma questão de princípio 


Encontra-se na página eletrônica do PSTU uma nota assinada pela autodenominada LIT-QI (Liga Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional), sob o título “A morte de Orlando Zapata e as liberdades em Cuba”.

Esta “liga” é a mesma que ajudou a burguesia venezuelana a dizer não, no referendo constitucional convocado por Chávez, em 2008, e que recomendou abstenção no referendo revogatório convocado pelo Presidente boliviano, em 2009, sob a consigna “nem Evo nem oligarquia”, fazendo o jogo dos separatistas de Santa Cruz de la Sierra, que agem sob o financiamento e as ordens da embaixada norte-americana, da USAID e da CIA.

No exato momento em que a mídia hegemônica mundial promove uma torpe e cínica campanha contra Cuba, esta “internacional” de fachada objetivamente se associa ao imperialismo para combater a Revolução Socialista Cubana, que vem de completar históricos 50 anos de avanços políticos e sociais e de resistência ao cruel bloqueio que lhe movem os Estados Unidos.

Apesar da débâcle da União Soviética e das demais experiências de construção do socialismo no Leste Europeu, apesar do bloqueio e das incontáveis provocações que lhe move o imperialismo, Cuba mantém a mais efetiva democracia popular direta do mundo e conquistas sociais inimagináveis em qualquer país capitalista.

Não existe nenhum país mais solidário e internacionalista do que Cuba, que forma estudantes do mundo todo e mantém em muitos países periféricos, sobretudo na América Latina, profissionais das áreas da saúde da família e da educação, com destaque para a luta contra o analfabetismo, já erradicado na Bolívia e na Venezuela.

A LIT-QI usa contra Cuba uma linguagem de esquerda que, aos menos avisados, pode soar como revolucionária. Por isso, seus pronunciamentos são funcionais ao imperialismo, para tentar passar ao mundo a impressão de que o governo cubano está isolado, ou seja, não é só a direita que o combate.

Num malabarismo teórico desonesto, a nota afirma que em Cuba há uma “ditadura capitalista” que precisa ser derrubada em aliança com a burguesia cubana de Miami! Compara o regime cubano com as ditaduras militares que marcaram o Cone Sul nos anos 1960/1980. A má-fé e a manipulação ficam evidentes quando agora defendem como correta a política de frente democrática contra aquelas ditaduras, política que combatiam ferozmente à época.

Pode ser até compreensível a associação de grupos como este, na Polônia nos anos 80, ao “Solidarinosc” e a seu líder, Lech Walesa, mesmo sendo flagrante a direção da CIA e do Vaticano. Em função dos erros na construção do socialismo, ali havia um movimento de massas dissidente, com peso na classe operária. Mas em Cuba, a “dissidência” é dirigida por organizações burguesas, financiadas pelos Estados Unidos, inclusive as que são mencionadas no texto da autoproclamada internacional, que não tem qualquer peso político naquele país. A única alternativa ao atual sistema cubano é o imperialismo, através da burguesia de Miami.

Este tipo de orientação só se presta a fomentar em alguns países o surgimento de organizações pequeno-burguesa, messiânicas e sectárias. Como seitas, se reivindicam vocacionados para dirigir as massas e a revolução socialista. Quando não os dirigem, consideram que todos os movimentos ou processos de mudanças vivem “crise de direção”.

No momento em que o imperialismo, em função da crise de seu sistema, assume uma agressividade inaudita nas últimas décadas, não conciliaremos com essas posições pequeno-burguesas. Classificar a Revolução Cubana de “ditadura capitalista” é fazer o jogo da contra-revolução.

Por isso, o PCB terá imensas dificuldades em se relacionar com organizações políticas que venham a defender em nosso país orientações deste tipo. Mesmo que subjetivamente se percebam revolucionários, estes grupos objetivamente fazem o jogo do imperialismo, funcionando como a sua mão esquerda. O deputado Jair Bolsonaro, líder da ultradireita brasileira, também está divulgando um manifesto com a mesma linha política:“irrestrito apoio e solidariedade aos presos políticos que, em Cuba, lutam por liberdade e democracia naquele país”.

A posição que o Comitê Central do PCB aqui expõe não tem qualquer sentido antitrotskista, só porque aquela liga se reivindica, arrogantemente, a única referência mundial contemporânea do legado de Trotsky. A grande maioria das organizações e personalidades que têm a mesma referência teórica, no Brasil e no mundo, combatem veementemente as posições internacionais deste grupo, que só trazem prejuízos à luta do proletariado.

O PCB, que assume todos os seus 88 anos de vida, já superou o maniqueísmo reducionista, procurando fazer, nos dias de hoje, um balanço do socialismo com base nos fundamentos teóricos que nos legaram Marx, Engels, Lênin e outros intelectuais orgânicos e não em torno de culto a personalidades, sejam quais forem.

O PCB fica com Cuba e o socialismo!
O PCB fica contra o imperialismo!
PCB – Partido Comunista Brasileiro
Comitê Central – abril de 2010


. Segundo Post

As “provas” de como a LIT vende seus serviços ao imperialismo ianque na Síria

Quando acusamos o ILAESE, “instituto” sindical ligado a LIT, de receber uma “pontinha” do Departamento de Estado dos EUA para, desde a trincheira da “esquerda”, apoiar a política de “transição democrática” conservadora da Casa Branca no Oriente Médio, usando como cortina de fumaça o apoio dos cretinos morenistas à fantasiosa “revolução árabe” na região, alguns companheiros, mesmo críticos às posições pró-imperialistas da LIT, acharam inicialmente que tal acusação pudesse ser um “exagero” da LBI. Alguns chegaram a questionar onde estariam as “provas” da corrupção da LIT, e que nós da LBI teríamos que apresentar os “recibos”.



Logo, as relações da LIT com a direita venezuelana deram as primeiras pistas de como funcionam as “relações perigosas” estabelecidas pelos seguidores do finado Nahuel Moreno com os “esquálidos” em nome de um suposto combate ao chavismo. 

Neste momento de profunda polarização na Síria os elementos “probatórios” começavam a ficar mais claros! Agora, essas verdadeiras confissões políticas estão mais do que evidentes nas pérolas que Américo Gomes (sempre ele!), porta-voz do referido “instituto” ligado aos morenistas, escreveu no seu mais recente lixo em forma de artigo intitulado “Síria e a desastrosa missão da Liga Árabe” (sítio PSTU, 02/01/2012).



Não vamos nem entrar no ridículo de questionar a idiotice da afirmação de que a “A Liga Árabe, para tentar salvar o regime de Bashir al-Assad, resolveu enviar uma missão para Síria” porque até para os mais desinformados no meio de esquerda está claro que os inspetores-espiões da “Liga” não passam de agentes a soldo do imperialismo para ajudar a oposição de direita a desestabilizar o regime com atentados que são creditados ao governo Assad. 

O que nos chama atenção é que a LIT declara textualmente, reproduzindo as informações das agências de notícias comandadas pela CIA e o Pentágono que “a entidade de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) acusou as autoridades sírias de transferirem centenas de presos para instalações militares inacessíveis aos observadores da Liga Árabe. 

Muitos destes presos estão escondidos em centros de detenção e até em contêineres carregados em navios no mar e correm o risco de serem executados”. 

A HRW, especialista em condenar Cuba é a mesma ONG que emitiu relatórios que serviram como pretexto para a intervenção militar “humanitária” da OTAN na Líbia, é apresentada como fonte segura e confiável pelos morenistas. 

Só quem recebe alguma “gorjeta” para isso pode reproduzir uma informação descaradamente falsa, um factoide midiático ao estilo dos “bombardeios de Kadaffi contra a população indefesa”, comprovadamente inexistentes, mas divulgados como verdade pela HRW, a Fox News, a CNN e a... LIT!



Mas não param por aí as “provas” de que a LIT e seu “instituto” estão prestando serviço para o império. Escreve Américo fartas e generosas linhas defendendo os mercenários do “Exército livre da Síria” (FSA em inglês) pintando esse grupo que atua sob a coordenação da Turquia, Arábia Saudita e do Mossad como uma força revolucionária “libertadora”: “Os batalhões FSA também atuam como forças de defesa nos bairros de oposição ao governo, guardando as ruas, enquanto os protestos ocorrem. 

A maior concentração dessas forças parece estar na região central (Homs, Hama, e zonas circundantes)”. 

Uma corrente política que defende abertamente as forças financiadas e armadas pelo imperialismo em conjunto com seus aliados regionais sionistas só pode ser denunciada como agente do Pentágono! Ou os camaradas têm outro “qualificativo” para tal conduta venal e corrompida! 

Achamos sinceramente que até para os mais cautelosos que “equívoco” ou “miopia política” já não cabem tamanha a calhordice dessa política, afinal de contas cremos que travamos um debate entre materialistas dialéticos!



Para os (poucos) que ainda acreditam que se trata “apenas” de um “desvio político” da LIT e não de uma clara corrupção política e material, os morenistas e seu “instituto” ainda pedem que a OTAN e seus satélites do Conselho de Cooperação do Golfo (CGC) armem o FSA e intervenha militarmente na Síria. 

Vamos citar o trecho do artigo em que Américo faz rasgados elogios ao bando mercenário, pontuando suas “necessidades” militares para derrubar Assad. 

O porta-voz do ILAESE nos relata que “Como são soldados desertores, lhes falta cobertura aérea... Pedem à comunidade internacional armas para que possam combater e proteger o povo sírio. 

Aparentemente, somente os combatentes líbios responderam a este chamado. Há informações que os líbios estão fornecendo dinheiro, armas e treinamento da FSA”.

 Para o bom entendedor meia palavra basta, mas aqui a LIT faz questão de ser clara: torna as demandas do FSA sua própria política pedindo uma “cobertura aérea” em seu auxílio, eufemismo que significa bombardeios dos caças da OTAN ou de aliados regionais para apoiar as ações por terra da oposição de direita. 

Também reivindica que a “comunidade internacional”, leia-se o imperialismo, lhes remeta armas o mais rápido possível!

 Não por acaso, a LIT registra que os “ex-rebeldes” líbios do CNT, armados até os dentes em sua caçada covarde aos combatentes de Kadaffi, pelas potências capitalistas e depois de concluída sua missão macabra agora estão ajudando os seus “companheiros” sírios a fazerem o mesmo com o governo da oligarquia Assad! 

Como se vê, trata-se de um apoio explícito aos planos traçados nos sinistros gabinetes da Casa Branca, um verdadeiro recibo político a quem servem os morenistas!



Como seus serviços só tem sentido dando a esta política contrarrevolucionária um ar de “esquerda”, a LIT e seu “instituto” finalizam o artigo com a mesma cantilena de sempre, declarando que “O grau de polarização e violência que chegou o processo revolucionário sírio não será resolvido com missões fraudulentas e negociações superestruturais. 

Somente as ações das massas poderão resolver esta crise, com a derrubada de mais um ditador no caminho da revolução árabe”. 

Aqui, colocada de lado a fraseologia pseudorrevolucionária, tem-se um claro recado: está mais do que na hora de fazer da Síria uma nova Líbia, o imperialismo deve armar os “libertadores” sírios, a OTAN ou seus satélites na região precisam dar cobertura aérea as suas ações por terra a fim de derrubar o regime Assad! A LIT, bem remunerada por seus serviços, atuará nesta Ópera Bufa, como fez na Líbia, saudando esta operação política arquirreacionária como a “derrubada de mais um ditador no caminho da revolução árabe”. Podem existir mais “provas” do que estas?