terça-feira, 17 de setembro de 2013

Falluja /Iraque : POR QUE É UMA CIDADE PROIBIDA?

Por: Somos Todos Palestinos 

A SITUAÇÃO LÁ É PIOR DO QUE EM HIROSHIMA E NAGASAKI

O que os Estados Unidos não querem que a gente saiba? Por que não permitem que se realize nenhuma medição dos níveis de radiação e por que, inclusive, proibiram à Agência Internacional de Energia Atômica de entrar em Falluja? O que se passou exatamente lá? Que tipo de bombas os Estados Unidos utilizaram nesta cidade do Iraque? Foi só urânio empobrecido, ou teve algo mais?
O que os EEUU e seus fantoches iraquianos não querem que a gente saiba?
Acabo de ver, na o-Jazeera Arabic, no programa de Ahmad Mansour a entrevista com o Professor Chris Dusby.
O Professor Busby é cientista e Diretor de Green Audit, bem como secretário científico do ComitÊ Europeu sobre Riscos Radioativos.
Para conhecer mais dados sobre o Professor Chris Busby e seus trabalhos, digitem em Google “Chris Busby Uranium“.O Professor Busby publicou muitos artigos sobre a radiacão, o urânio e a contaminação em países tais como Líbano, Kosovo, Gaza e, por suposto, Iraq.
Seus últimos trabalhos, são os temas que se ocupou o programa emitido na Al Jazeera, e serão os que eu abordarei nestas linhas:

Faluya é uma cidade proibida. Foi submetida a intenso bombardeios em 2004 com bombas de urânio empobrecido e fósforo branco, e desde então declararam-na zona perigosa, o que significa que nem as autoridades fantoches de Iraque nem as forças invasoras/ocupantes de EEUU permitem que ninguém possa realizar nenhum estudo real do que ali sucede.

Faluya está basicamente sob assédio. É óbvio que os estadunidenses e os iraquianos sabem algo e que tratam do ocultar ao conhecimento público. E aí é o­nde o Professor C. Busby entra em cena.

Mas ele foi/é inflexível na busca da verdade do que ocorreu em Faluya em 2004. Por ser um dos melhores cientistas em seu campo, conseguiu uma pesquisa e passou a dirigir uma investigação em Faluya, cujos resultados preliminares publicar-se-ão em duas semanas, confio…

O Professor Busby encontrou muitos obstáculos para poder levar a cabo este projeto. Nem ele nem nenhum membro de sua equipa se lhes permitiu aceder a Faluya para realizar as entrevistas. Mas ele disse que quando a porta principal se fecha, um tem que tentar que outras portas se abram. E isto foi o que fez. Conseguiu reunir uma equipa de iraquianas de Faluya para que dirigissem as entrevistas por ele.

O projeto de investigação baseou-se em 721 famílias de Faluya com 4.500 participantes, que viviam tanto em zonas nível de radiação alto como baixo. Os resultados compararam-se com um grupo de controle: uma mostra composta pelo mesmo número de famílias que vivem numa zona não radiativa em outro país árabe. Para o estudo, elegeu outros três países para levar a cabo tal comparação: Kuwait, Egito e Jordânia.

Antes de entrar nos resultados preliminares, devo assinalar o seguinte:
As autoridades iraquianas ameaçaram a todos os participantes desta investigação com prisões e detenções se cooperassem em participar das entrevistar. Isto é, ameaçou àqueles que respondessem aos terroristas com leis anti-terroristas.

As forças estadunidenses proibiram ao Dr. Busby que recolhesse qualquer dado, sustentando que Faluya é uma zona insurgente.

Os doutores de Faluya recusaram sair ao vivo no programa de Ahmad Mansour porque tinham recebido ameaças de morte e temiam por suas vidas.

Isto é, o estudo levou-se a cabo em condições muito difíceis e com ameaças de morte. Não obstante, seguiu-se adiante.

Como não se tem descargado o programa em Youtube, não posso transcrever a entrevista palavra por palavra. Tomei breves notas a mão e memorizei o resto. Mas farei o melhor para apresentar todos os fatos que se relataram hoje.

O que os EEUU e seus fantoches iraquianos não querem que a gente saiba?
E por que não permitem que se realize nenhuma medição dos níveis de radiação em Faluya e por que, inclusive, proibiram à Agência Internacional de Energia Atômica que entre em Faluya?
O que se passou exatamente em Faluya?
Que tipo de bombas utilizaram?
Foi só urânio empobrecido ou teve algo mais?
Um aspecto que é muito característico de Faluya é que os índices de câncer têm aumentando de forma espetacular num espaço muito curto de tempo desde 2004. Exemplos oferecidos pelo Dr. Busby:
· O índice de leucemia infantil é 40 vezes mais alto desde 2004, que em anos anteriores. E comparado com Jordânia, por exemplo, é 38 vezes mais alto.
· A taxa de câncer de mama é 10 vezes superior à de 2004.
· A taxa de câncer linfático é também 10 vezes maior desde 2004.

Outra peculiaridade de Faluya é o imenso aumento nas taxas de mortalidade infantil. Comparadas com outros dois países árabes como Kuwait e Egito, que não têm contaminação radiativa, estas são as cifras:
A taxa de mortalidade infantil em Faluya é de 80 meninos em cada mil nascidos, em comparação com Kuwait, o­nde se dá a cifra de 9 em cada mil e no Egito é de 19 em cada mil (por tanto, a taxa de mortalidade infantil iraquiana é quatro vezes mais alta que a do Egito e nove vezes mais alta que do Kuwait).

A terceira peculiaridade de Faluya é a cifra de deformidades genéticas que tem aumentado desde 2004. Esta é uma questão que já me referi no passado. Mas hoje aprendi algo mais. A radiação com qualquer dos agentes utilizados pelas “forças de libertação” não só causa deformidades genéticas em massa senão também e isto é muito importante:
· Causa mudanças estruturais a nível celular.
· O que por sua vez provoca, devido à composição genética dos bebes masculinos (carência do cromossomo X), que os meninos corram maior risco de morte, enquanto é mais provável que as meninas sobrevivam ainda que com deformidades graves.

E há outro exemplo oferecido pelo Dr. Busby:
Antes de 2003, as taxas de nascimento em Faluya eram as seguintes: 1.050 meninos em frente a 1.000 meninas. Em 2005, só nasceram 350 meninos em frente a 1.000 meninas, o que significa que os bebes meninos não estão a sobreviver.

Quanto às meninas e aí é o­nde a tragédia aumenta… a radiação causa mudanças a nível de DNA, o que significa que essas mesmas meninas, se conseguirem sobreviver e se reproduzem-se mais tarde, darão a luz meninas geneticamente deformadas e meninos mortos.

Os dados expostos apoiam-se em outros estudos realizados com meninos e netos dos sobreviventes de Hiroshima (no ano de 2007), que mostram que inclusive a terceira geração apresenta malformações genéticas, incluídas diversas doenças (câncer, cardíacas, etc…) numa proporção 50 vezes superior.
Por outra parte, em Chernobyl, os estudos realizados com os animais nessa área mostraram que os efeitos da radiação modificaram geneticamente 22 gerações.

Em resumem, a radiação transmite-se de gene a gene e tem uma efeito acumulativo com o tempo (não vou entrar aqui em como essas células se acumulam e guardam memória e afetam ao sistema imunológico).

(Poderão ler mais detalhes sobre o tema uma vez que se publique o documento do professor Busby.)

Algumas das deformidades que apresentam os bebes são tão grotescas que tanto Al -Jazeera como a BBC, que produziram um documentário sobre o mesmo tema, se negaram a mostrar as fotos a seus telespectadores. Os exemplos de deformidades dos que Ahmad Mansour tem fotografias são:
Bebês nascidos sem olhos.
Bebês nascidos com dois e três cabeças.
Bebês nascidos sem orifícios.
Bebês nascidos com tumores malignos no cérebro e nos olhos.
Bebês nascidos sem determinados órgãos vitais.
Bebês aos que lhes faltam extremidades ou têm mais das normais.
Bebês nascidos sem genitais.
Bebês nascidos com malformações cardíacas.
E mais casos ainda…

Sobre esse mesmo assunto, com motivo do estudo, pediu-se-lhes aos doutores de Faluya que indicassem as taxas de defeitos de nascimento no espaço de um mês e que o comparassem com o mês anterior e este é o resultado:

No espaço de só um mês, os nascimentos com defeitos aumentaram de um por dia (no mês anterior) para três por dia (no mês objeto do estudo, que foi o de fevereiro de 2010).
O urânio transmite-se a corrente sanguínea através da ingestão e a inalação. Se estudou e se controlou, também, o nível em massa de urânio encontrado nas pessoas de Faluya, devido ao aumento vertiginoso de gânglios linfáticos e pulmonares e câncer de mama em adultos.
Com estes achados preliminares, o Professor Busby e sua equipa chegaram à conclusão de que, em comparação com Hiroshima e Nagasaki, a situação de Faluya era pior.
E aqui cito textualmente ao Dr. Busby: “A situação em Faluya é terrível e horrenda, é mais perigosa e pior que a de Hiroshima …”
Por outra parte, e muito relacionado com o anterior, mencionei que estes são resultados preliminares, por que?

Porque o Professor Busby foi perseguido e os fundos da pesquisa foram cortados, fundos necessários para a investigação, deram-lhe com muitas portas no nariz, ameaçaram-lhe (o mesmo se passou com outros cientistas que tentaram levar a cabo estudos similares na década dos noventa em Iraque) e a comunidade científica lhe abandonou, todo isso devido à natureza de seu trabalho em Iraque.
Os envolvimentos políticos são enormes e perigosos para EEUU e seus aliados. Significa que as provas científicas de crimes de guerra estão aí, ao nosso alcance…


A vida do Professor Busby converteu-se em algo cheio de dificuldades.
Enviou à revista Lancet o documento de investigação que tantas penas lhe custou dirigir e elaborar para que o revisassem a nível de Comitê científico, mas Lancet devolveu-lhe dizendo que não tinham tempo do revisar.

Os laboratórios que cooperaram no passado para examinar as mostras, as recusaram quando souberam que vinham de Iraque. Só dois laboratórios estiveram dispostos a examinar as mostras do AGENTE/MATERIAL EXATO UTILIZADO EM FALUYA, e foi só em função de um preço exorbitante, preço justificado pela causa da natureza sensível do estudo. Também devido à carência de fundos, o Professor Busby tem 20 mostras de Faluya para examinar, que guarda zelosamente, esperando receber os fundos necessários para poder faze-lo.

Quando Ahmad Mansour, o entrevistador, lhe perguntou sobre o que lhe fazia perseverar ante os enormes obstáculos enfrentados, sua resposta foi esta: “Durante toda minha vida não fiz senão procurar a Verdade, sou um caçador da Verdade numa selva de mentiras. Também tenho filhos. Os filhos não são só nosso futuro, são os transmissores das gerações futuras. Levamos cinqüenta anos contaminando o planeta (com radiações) e essa é a herança que estamos transmitindo a nossos filhos e netos. Devemos isso ao povo de Faluya, temos que encontrar a Verdade.”
Quando perguntou como consegue se arranjar sem fundos e com todas as portas se fechando para ele, sua resposta foi:

“Confio na boa vontade da gente que envia pequenas somas por aqui e por lá, e também creio firmemente que se uma porta se fecha, outras se abrem, ainda que sejam mais pequenas. Quando há vontade para fazer algo, se encontra algum caminho.”

Tiro o chapéu para o Professor Busby. Insto a todas as pessoas que envie este escrito, a toda a gente de consciência, insto a todos para que contatem com o Professor Busby e doem-lhe o que possam para que as mostras de Faluya sejam examinadas e possa se descobrir a Verdade. E acabarei estas linhas com uma cita final deste grande homem lutador:“A Verdade tem umas asas que ninguém pode cortar”

Tenho que acabar aqui. Já está amanhecendo. Queria mostrar isto ao mundo… a pergunta que me levo à cama, se é que posso fechar os olhos, é a mesma que me estou a fazer desde 2003, por que? Que fez o povo iraquiano, que fizeram os meninos iraquianos para merecer todo isso…? As conseqüências são aterradoras…
URL del artículo : http://www.cubadebate.cu/noticias/2010/07/08/faluya-peor-que-hiroshima-video/

"Rompa el aislamiento. Vuelva a sentir la satisfacción moral de un acto de libertad...Haga circular esta información".
Rodolfo Walsh
Postado: http://old.kaosenlared.net/noticia/faluja-pior-que-hiroshima

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Pela prisão e julgamento de Barak Obama por crimes de guerra e de genocídio contra a humanidade!!!

lançamento de missel Tomahawk de navio americano

Por Carlos Alberto

Caro leitor,

Como judeu reformista eu não posso concordar com a destruição do estado de Israel, mesmo diante das atrocidades cometidas pelos sionistas que governam o Estado Judeu

Como cidadão e militante político "consciente" também não posso aceitar que os povos do oriente médio e do mundo sejam  dizimados com armas químicas de destruição em massa, qualquer que seja o lado que as esteja usando...

 Com as denuncias recentes do uso de armas químicas  na verdade, gás Sarin, criou-se uma propaganda enganosa de que a autoria no uso recente dessas armas seria do Governo Sírio, mas isso não é verdade, mesmo que tenha sido declarado pelos rebeldes financiados pelos EUA e parte da Europa na base de “ventrílogos” dos ianques.

Sabemos que a propaganda é uma das armas mais poderosas numa guerra, com começo, meio e sem fim, até porque, nenhum armísticio ou acordo de  paz poderá apagar ou cicatrizar as feridas geradas pelos conflitos.

 O Vietnam, o Iraque e o Afeganistão surtiram seus efeitos como ficou demonstrado na história recente, quer seja pela ex União Soviética ou pelos Estados Unidos. 

Os rebeldes sírios financiados pelos americanos dispõem dessas armas (tanto das químicas como as poderosas de contra-informações representadas pela mídia imperialista) desde a muito tempo, e as utilizaram como forma de atraírem a opinião pública mundial para sua causa de” traição da pátria” (e não pensem que é por democracia, na verdade, por servilismo) e, mais ainda, com o objetivo único de envolver as força americanas diretamente no conflito, já que estão perdendo terreno no campo de batalha.

Há muito tempo que a comunidade internacional tem denunciado o uso de armas químicas e de outras armas de destruição em massa em conflitos gerados ao longo das ultimas décadas.

Nestes casos, o gás Mostarda, o gás Sarin e outras armas bacteriológicas usadas na Africa fazem parte do arsenal Ianque, e isso precisa ficar bastante claro...

Na verdade, também podemos citar o uso de pequenas armas nucleares nos combates pela conquista de Faluja no Iraque e as de fósforos por Israel na guerra covarde contra o povo Libanês.

Bombas de Fósforos Brancos lançados por Israel sobre o Líbano e a Palestina durante invasão territorial


Se a questão é destruição em massa, (outro exemplo foi os massacres nos campos de refugiados de Seabra e Chatila sob comando do general sionista Ariel Sharon) e como o nome de genocídio  já diz, porque não? Ou seja, destruição humana em massa...

Enfim, antes de qualquer atitude por parte dos Estados Unidos que se utilizam da desinformação trabalhada no tempo da história, vale lembrar que Israel não cumpre as resoluções 242 de 1967 e a 338 de 1973 que exige a retirada total das tropas sionistas dos territórios Árabes ocupados. 

Sendo neste caso, o maior interessado no desmonte da nação Síria, na derrubada de seu governo, e tem  por trás a ocupação ilegal das Colinas de Golan e da Palestina fatiada, as dezenas de guetos,  dentro daquilo que podemos chamar de projeto maior da criação do grande Israel, com a expulsão e a eliminação física desse povo secular,  legítimo habitante daquela região...

A história sempre se repete, mesmo com cara e feições diferenciadas, e tem como objetivo dar uma rasteira nas "amebas" existentes.

O Estados Unidos da América que se julgam a nação mais democrática e defensora da liberdade, na verdade, é a nação mais criminosa do planeta, e por conta da sua supremacia militar alicerçada no potencial nuclear disponível, coloca o mundo civilizado sob o jugo do terror...

Bomba atômica deflagrada (efeito visual-virtual)

Como nação integrante da ONU e líder da OTAN, nunca cumpriu e nunca aceitou verdadeiramente os acordos de armas que propôs aos outros países detentores de então, de tecnologias militares semelhantes as suas.

Um exemplo disso foi os tratados SALT I e SALT II (acordados nos anos 60/70) que previa a redução de ogivas e armas nucleares entre os EUA e a derrotada URSS dos anos 90.

Nas convenções e tratados mundiais sobre guerra e prisioneiros, os Estados Unidos nunca acataram o que era impostos aos demais signatários.

Enquanto a URSS defendia a "Détente" e a redução de armas nucleares, os EUA ampliavam seu potencial nuclear numa demonstração clara de loucura militar que se agigantou até os dias de hoje.

 Trata-se da nação que pretende ser governo mundial...

Teoria da conspiração? Não, isso é fato...

Os EUA se julgam os policiais do mundo com seu exercito “Universal” que varrem o planeta terra ao seu bel prazer.




 Criam conflitos, derrubam governos e impõem lideranças conforme seus interesses.

Cometeram milhares de assassinatos e centenas de estupros durante os mais de 180 conflitos mundiais que incentivou, e participou diretamente ao longo da história recente da humanidade.

Bombardeou o Vietnam com Gás Mostarda (desfolhante laranja) e ainda inundou o pais com toneladas de bombas napalm, deixando milhares de mulheres, jovens  e crianças com queimaduras horrendas e irrecuperáveis para toda a eternidade e, mesmo assim sofreu uma derrota humilhante...

Até os dias de hoje, crianças nascem com mutações físicas e genéticas por conta do uso dessas armas químicas.

Foi o Único pais do mundo a utilizar armas nucleares contra uma nação que já estava militarmente derrotada ( o Japão), apenas para experimentar o seu invento macabro.

Os EUA tem um perfil de nação insana, fascista e psicopata. Um verdadeiro perigo para a paz e a justiça social mundial...

A ONU é para os EUA o seu balcão de negócios escusos, isso porque é responsável por mais de 60% dos custos de funcionalidade desta Organização das Nações Unidas, já apodrecida,  e que não representa mais nada além dos interesses dos membros do chamado conselho de segurança mas, segurança de que pais?

O poder de veto dos leviatãs ali encastelados, servem apenas  aos seus interesses estratégicos dentro daquilo que foi conhecido no período da guerra fria como “Teoria do Dominó”, neste caso, de forma inversa, representados pela chamada “Primavera Árabe”  numa ascensão fulminante do nacionalismo Árabe para o neo colonialismo servil, representados pelas burguesias locais impulsionadas pelo imperialismo Ianque...


  • Pelo cumprimento incondicional das resoluções 242 e 338 da ONU e pela não ingerência estrangeira em assuntos internos de países independentes!
  •  Pela criação e o reconhecimento do Estado Palestino dentro das fronteiras de 1948!!!

  • Pela imposição de pesadas indenizações de guerra sobre Israel em favor das nações Árabes invadidas, ocupadas e destruídas pelo exercito sionista de Israel, em especial o Estado Nacional Palestino!!!


  • Pela prisão e julgamento de Barak Obama por crimes de guerra e de genocídio contra a humanidade!!!

domingo, 1 de setembro de 2013

Asilo político: Um direito “sagrado” e “universal” que se sobrepõem as questões políticas ou ideológicas...


Senador Boliviano Roger Pinto 

Por Carlos Alberto

Caro leitor,

Lí e re-li várias postagens de Blogues revolucionários, de esquerda, de direita e até mesmo de fascistas e religiosos que comentaram, alguns sutilmente, o asilo político “forçado” (na verdade, autorizado pelo governo Brasileiro) do Senador Boliviano que de estrela não tem nada, neste caso, por uma razão muito simples, trata-se, ao contrário de algumas publicações, de uma “estrela nati-morta” que, incrivelmente, não representa nem a si mesmo...

Indo na questão, pra mim o asilo político é um direito universal que extrapola a milhões de anos luz a questão ideológica.

O asilo político funciona, ou melhor, serve para proteger a vida, ou ao menos adiar a morte, em alguns casos, de um perseguido político.

 Eu não quero entrar no mérito se o tal Senador (ex, no meu entendimento, afinal, abandonou a função por conta do asilo) é ou não é um das centenas de vagabundos (existem evidências de que é) criminosos e ladrões  que permeiam a politica, os governos e os parlamentos latino-americano, mas sim, que tendo pedido asilo a embaixada brasileira, encontra-se nessa situação diferenciada da liberdade...

Evo Morales - Presidente Boliviano

Evo Morales clama por sua volta, aos brados de um presidente que representa a nação andina mais pobre do continente, que segundo este, o ex Senador, não passa de um “bandido” acusado e condenado pela justiça de seu país, de ter desviado dinheiro público e de estar envolvido em outras ações criminosas.

Bem, eu não estou querendo jogar merda no ventilador da história, mas, cá entre nós, essa ação ali, mesmo não sendo mentira, dá uma abertura jurídica e política para que outros “bandidos” e, neste caso, independente de suas ideologias proclamadas, façam o mesmo aqui no Brasil...

Ora, eu faço questão de nominar suas ações sem querer comparar ou anular as suas historias de lutas, mas, simplesmente por suas ações criminosas e, na boa mesmo, quem comete crimes por dinheiro tem um nome peculiar na sua essência e origem que é chamado de “capitalista” e de ladrão...

Sendo assim, esses pseudos militantes históricos de esquerda colocaram suas histórias de lutas passadas, na vala comum dos criminosos, tudo por dinheiro, colocando em descrédito e avalizando todo o furor  existente, hoje, naqueles que viam neles um referencial de ética e moral na política e de exemplos a serem seguidos...

Como cidadão, eu não consigo diferenciar um ladrão com ideologia de direita com a de outro ladrão que se proclama histórico de esquerda, independente de sua nacionalidade, ou mesmo de partido político, com história, ou sem história dentro do campo popular democrático ou do populismo oligárquico...

José Dirceu (ex-ministro e asilado em Cuba) e José Genoíno (cagueta do Araguaia), com as mãos e os bolsos cheios de dinheiro do erário publico, poderiam fazer o mesmo em outros países e, porque não na Bolívia?

No meu entendimento, ficar passando por uma situação vexatória diante da condenação publica e jurídica comandada pela burguesia (que verdadeiramente governa este país), a saída seria a própria, através de um asilo político. Ou não seria?

O que mais deixa a militância popular injuriada, e em alguns casos, até mesmo sem rumo, foi os chamados políticos “históricos” do PT fazerem o mesmo que os Sarney, os Collor, os Maluf e os governos do PSDB em São Paulo, ou outras dezenas de "Otoridades" fizeram, ou seja, meteram a mão no dinheiro público através de negociatas, superfaturamentos, tráficos de influencia e na compra de votos, quer seja no congresso ou na criação de caixas 2 para financiamento de eleições.

Essa prática é histórica no Brasil, mas como alguns comentam, foram pegos como bodes expiatórios, que pra mim, independente desta situação “sui generis”, não lhes tira a condição de ladrões...

Assim como milhares de brasileiros, eu fui um dos que participaram das lutas contra a ditadura militar, a favor das diretas já, da abertura política, inclusive em ações populares diretas.

Mas,  assim como esse “Senador” Boliviano, e também como outras dezenas de militantes, de jovens, de artista e de cidadãos brasileiros, precisei pedir asilo político em uma embaixada. Porém, gostaria de deixar claro que não estou fazendo comparações esdrúxulas o teor desta postagem, mas sim pela origem dos atos...

No ano de 1982, após ter sido avisado em Porto Alegre/RS que ainda estava sendo procurado pelo exercito (desertei em 1974) eu entrei na embaixada da França e pedi asilo político, juntamente com minha companheira e um filho de poucos meses.

Lembro-me como se fosse hoje, quando passava em frente da embaixada do México no setor de embaixadas do Lago Sul de Brasilia, veio a minha cabeça  as lembranças da situação de penúria e das dificuldades que um outro ex-militar  estava passando para receber um salvo-conduto (do governo da ditadura militar) para poder deixar o Brasil, rumo ao México, então sua escolha, ou alternativa única de momento...

Tratava-se na verdade de um Sargento paraquedista, também desertor, que estava a uns dois meses “pelejando” esse direito universal de preservar a sua vida, mesmo que em outras terras...

Ora, o asilo político é uma convenção formal e, em alguns casos, até informal entre países, e que ocorre ou não através de embaixadas, com aval ou não de seus governos, e que serve como única via possível para  que pessoas perseguidas, expulsas ou banidas de seu território pátrio possam ter o direito de viver. 

A história política recente da humanidade, fala por si só...

Imagine se os governos de países convencionados historicamente como de asilos, o fizerem por questões ideológicas?

Como disse recentemente em matéria publicada no seu Blogue “Náufrago da Utopia” o jornalista e escritor Celso Lungaretti: Negar  asilo ao “Senador” Boliviano seria um erro, em outras palavras, isso ai poderia virar um “Bumerangue” que atingiria nossos companheiros de luta, no tempo da história...