terça-feira, 29 de outubro de 2013

Uma polêmica com o PT e o PSTU: Com quem a esquerda deve solidarizar-se, com o coronel da PM agredido ou com o militante “Black Bloc” espancado e preso?


Cel Cmdt da repressão contra os trabalhadores e estudantes leva corretivo da milícia popular de auto-defesa/Black Bloc

O PSTU defeca fora do pinico aqui no Brasil, e lá fora senta na benga do Tio Sam, nas questões do oriente médio.

Eu não tenho outra forma de me expressar (Com palavras obscenas, e daí? Faz diferença?). Eu não sou um teórico ou intelectual do marxismo revolucionário, e sim, apenas um militante praticista meio tosco, matuto,   mas guerreiro,  diante de tamanha covardia e falta de caráter ideológico daqueles que se dizem "trotskistas" (partido que, infelizmente militei, como em outros também), enquanto levam as massas populares (das ações espontâneas) aos braços da repressão do aparato militar e assassino do estado burguês,  comandado pela Frente Popular- PT/PCdoB e seus asseclas direitalhas em São Paulo.

Trata-se na verdade da manipulação descarada dos dirigentes morenistas, ao afirmarem aos quatros ventos, de que as ações "legítimas" dos Black Blocs, dos anarquistas e da população indignada, e de movimentos sociais fora de seu alcance e domínio, são na verdade ações de criminosos.

Sinceramente, se isso fosse declarado num momento pré-revolucionário, essa cambada de falsetas e revisionistas (na verdade, sociais-democratas, não assumidos) estaria diante de um tribunal popular, sem choro e nem velas...

Por outro lado, é bem esclarecedora, e de uma visão lúcida, essa analise de conjuntura elaborada pela LBI que, a luz dos acontecimentos diários desta sociedade conflituosa e desigual,   onde avança o  fascismo (apoiado e incentivado pelos falsetas), coloca em desnudo a real intenção e o papel histórico de rendição aos ideais da burguesia, aqueles que por muito tempo conseguiram enganar a militância. 
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Por Liga Bolchevique Internacionalista

O protesto ocorrido em São Paulo na noite desta sexta-feira, 25 de outubro, seria “apenas” mais uma manifestação duramente reprimida pela PM na capital paulista com dezenas de feridos e presos não fosse por um “detalhe” que logo ganhou as páginas de todos os jornais e as manchetes da TV pelo país: o coronel da PM Reynaldo Rossi, comandante do policiamento da área centro de São Paulo, foi agredido com pedaços de madeira por alguns manifestantes enquanto os seus comandados com bombas de gás lacrimogêneo, cassetetes e balas de borrachas atacavam duramente o conjunto dos manifestantes na proximidade do terminal de ônibus Parque Dom Pedro II, no centro da cidade.

Segundo ele “Eu me dirigia para o Parque D. Pedro para tomar pé dos primeiros conflitos que foram gerados aí pelos criminosos. Nos deparamos com autores de danos de novos pontos de ônibus.

Tentamos prendê-los. No momento que nós passávamos a conduzi-los, fomos surpreendidos por um grupo de vândalos, criminosos, que passaram a agredir a mim e a meu policial” (G1, 26/10).

 Como revelam as palavras do próprio coronel da PM, uma parte dos manifestantes nada mais fez que reagir em autodefesa contra a agressão policial a seus companheiros, tentando lhes libertar das garras da brutal repressão estatal.

Na luta contra a PM assassina nada mais justo e legítimo que as massas atacarem o inimigo para defender-se!

Assim foi feito, até que Rossi foi socorrido por um PM infiltrado com arma em punho!

O coronel, apresentado pela mídia venal como vítima é, nada mais nada menos, que um dos principais responsáveis pela repressão sobre as manifestações populares no centro de São Paulo, em bárbaras e violentas ações que deixam diariamente centenas de ativistas presos, com pernas, braços e costelas quebradas, alguns até cegos.

Ele “apenas” sentiu (em grau muito menor) os efeitos do que sua tropa assassina faz todos os dias contra os lutadores socais, para não falar dos milhares de trabalhadores que são mortos por sua PM mafiosa nas favelas e bairros da periferia.

Não para a nossa surpresa, o oficial da PM recebeu o apoio da presidente Dilma que declarou: “Presto minha solidariedade ao coronel da PM Reynaldo Simões Rossi, agredido covardemente ontem por um grupo de black blocs em SP” (G1, 26/10), o que confirma mais uma vez que o PT e seu governo burguês não passam de servis instrumentos a serviço da classe dominante contra os explorados e suas lutas.

O PSTU, nas palavras de seu presidente nacional, José Maria de Almeida, poucos dias antes do ocorrido já havia declarado que “É fato que a ação de grupos isolados, como os ‘Black Bloc’s’, jogam água no moinho da repressão.

 Acabam servindo para justificarem, aos olhos da opinião pública, a ofensiva policial contra as manifestações e a criminalização do movimento, jogando contra a massificação dos protestos” (site PSTU, 18/10), em uma política canalha que acaba por justificar a repressão sobre os “Black Bloc”.

 Diante de posicionamentos escandalosos como o da presidente Dilma (PT) e do principal dirigente do PSTU, abrimos junto à vanguarda militante uma polêmica crucial frente às lutas em curso: com quem a esquerda deve solidarizar-se, com o coronel da PM agredido ou com o militante “Black Bloc” espancado e preso?

Desde a LBI nos colocamos incondicionalmente a lado do companheiro “Black Bloc” que após a agressão ao coronel da PM foi espancado e preso.

Declaramos publicamente que sua reação assim como dos demais “mascarados” foi justa e legítima na luta por libertar os lutadores que estavam sendo presos quando atacaram o coronel Rossi.

 Exigimos a liberdade imediata de todos os ativistas presos pela PM! O trabalhador comerciário Paulo Henrique Santiago dos Santos, de 22 anos, suspeito segundo a polícia de participar da agressão ao coronel, foi indiciado por tentativa de homicídio e associação criminosa.

No total, 92 pessoas foram detidas na região central de São Paulo, sendo que 69 delas foram encaminhadas ao 1º DP, seis para o 2º DP, 10 para o 8º DP, e outras sete para o 78º DP. Sete pessoas foram indiciadas por dano qualificado, formação de quadrilha e arremesso ou porte de material explosivo no 8º Distrito Policial, no Belém. Junto com eles, foram apreendidos outros três menores, que foram levados à Fundação Casa.

Longe de acusar estes lutadores como “grupos isolados que são funcionais a repressão policial” como faz o PSTU ou de declarar que “Agredir e depredar não fazem parte da liberdade de manifestação.

São barbáries antidemocráticas. Violência deve ser coibida” (G1, 26/10) como vociferou Dilma (PT), os marxistas leninistas defendem como legítimo o direito de autodefesa dos trabalhadores em suas manifestações justamente para responder a violência policial.

No PT, não somente Dilma saiu a condenar os “Black Bloc”.

A Esquerda Marxista (EM), tida como representante da ala mais à esquerda do partido, também se somou a este coro reacionário, apesar de tentar dar uma justificativa “teórica” a sua posição sob a cortina de fumaça de se colocar contra a repressão estatal em geral: “A Esquerda Marxista sempre rechaçou, sem hesitar, as prisões e a repressão brutal da polícia nos atos contra os Black Bloc’s e outros manifestantes.

Contudo, a repressão policial é dada, a polícia obviamente é inimiga dos trabalhadores.

A questão é: o que conseguimos, quais nossos avanços quando a enfrentamos a repressão em QUALQUER situação e de modo desorganizado? Para onde levam as quebradeiras? A LUGAR NENHUM E NÃO AVANÇAMOS EM NADA! Sempre deixamos claro que DISCORDAMOS dos métodos da horizontalidade, da ação direta e quebra-quebras...

Uma manifestação é um ato coletivo e ações de terrorismo individual, como os ‘quebra-quebras’ tendem somente a desestabilizá-la e fazê-las perder seu caráter de transformação social”. (Luta pelo Transporte, relatos e reflexões, 26/10)

Tanto a EM como o PSTU insistem em falsificar a realidade para, no fundo, condenar a radicalização dos protestos e impedir a unidade de ação dos trabalhadores com os “Black Bloc”, anarquistas e outras agrupamentos classistas.

Desde a LBI nos colocamos publicamente em defesa dos “Black Blocs” diante dos virulentos ataques direitistas do PSTU e EM, que de forma abominável os acusam de “provocar a violência policial” quando, na verdade, os “Black Bloc” são parte do movimento de rebeldia da juventude.

Como leninistas dizemos claramente que tais “críticas”, próprias do mais arraigado pacifismo pequeno-burguês, não fazem parte da tradição do marxismo revolucionário.

Como genuínos trotskistas, mesmo se delimitando com o limitado programa anarquista dos “Black Blocs”, jamais condenamos suas ações quando voltadas a atacar o Estado burguês, pelo contrário, na medida de nossas forças militantes sempre estivemos em “frente única” com estes companheiros para responder aos ataques policiais e questionar a ordem capitalista no vivo campo de batalha.

Nossa crítica leninista a este setor anarquista sempre partirá do mesmo campo da batalha e nunca para justificar a repressão estatal, como se a PM necessitasse dos desvios “ultra-esquerdistas” dos “Black Blocs” para atacar o conjunto do movimento de massas.

O leninismo delimitou-se historicamente do anarquismo sempre pela esquerda e nunca denunciando os métodos da conspiração e clandestinidade na organização de ações, próprios do Partido Bolchevique.

Também não passa de uma grosseira falsificação do trotskismo a tese empunhada pela EM e o PSTU (na verdade um misto de espontaneísmo sindical e oportunismo) de que somente as “massas” poderiam radicalizar ações contra o Estado burguês, negando a possibilidade de destacamentos avançados da classe preparem ações como sabotagem e ataques militares contra “símbolos” do capitalismo.

Trotsky comentando a conduta terrorista de um jovem anarquista, Grynszpan, que atacou uma embaixada nazista, afirmou o seguinte: “Todas nossas emoções, nossa simpatia estão com os vingadores sacrificados, ainda que eles são incapazes de descobrir o caminho correto.” (Em defesa de Grynszpan, L. Trotsky).

O mais vergonhoso na conduta do PT, seja da presidente Dilma seja da sua ala “esquerda” (EM) assim como do PSTU, é que sua posição acaba por reforçar a criminalização do conjunto do movimento de massa e principalmente de seus setores mais radicalizados que não se subordinam à institucionalidade burguesa e o respeito à sacrossanta propriedade privada, jogando água no moinho da repressão estatal, para perseguir os “Black Bloc”.

Segundo a nota da PM “Desde o início da Manifestação foi percebida a presença de integrantes “Black Blocs” que gritavam palavras de ordem contra a PM, bem como tentavam provocar os PMs a alguma reação violenta para fins midiáticos.

 No Parque Dom Pedro os ‘Black Blocs’ passaram das palavras à ação e iniciaram um confronto com os policiais militares, neste episódio eles agrediram, de forma covarde, o Cel PM Reynaldo Simões Rossi, comandante do policiamento da área centro e seu auxiliar, roubando a pistola calibre .40 e o rádio comunicador do Oficial”.

Da mesma forma age a mídia venal afirmando que “O tumulto começou no início da noite, após uma passeata pacífica convocada pelo Movimento Passe Livre (MPL) que percorreu ruas da região central de São Paulo. Mascarados danificaram 15 caixas eletrônicos, colocaram fogo em um ônibus e destruíram os vidros de outro.

Vários coletivos foram pichados e grades e bilheterias, quebradas.

O terminal precisou ser fechado por causa da confusão”.

 Há nitidamente uma convergência de posições entre o diz a PM e a mídia com o que expressam o PT e o PSTU, todos acusando os “Black Bloc” como responsáveis pelos seus atos “isolados” ou de “vandalismo” pela repressão estatal!

As acusações caluniosas do PT e do PSTU contra os “Black Blocs” ajudam na perseguição política e repressiva aos companheiros simplesmente porque parte de uma crítica própria do pacifismo pequeno-burguês que sempre busca isolar as ações mais radicalizadas das massas e de seus setores de vanguarda, condenando-as como “métodos que não constroem o movimento” simplesmente porque não estão ancoradas nos acordos podres que a Conlutas faz com a CUT e as demais centrais “chapa branca” para impor marchas “ordeiras e pacíficas” e atos de lobby ao parlamento burguês.

É a conduta desta “esquerda” que ajuda a repressão policial e não o contrário! Sua “delimitação” não tem nada de progressista porque acaba jogando os trabalhadores e a população em geral contra os setores mais radicalizados que se lançam contra o aparato de repressão e atacam as instituições burguesas assim como os símbolos do grande capital!

Somente os canalhas completamente adaptados à democracia burguesa, poderiam construir o amálgama de acusar combativos manifestantes de “provocadores da repressão policial” quando todo militante honesto sabe que é a polícia que infiltra P2 para tentar “legitimar” suas barbaridades, valendo-se da ajuda da grande mídia para criminalizar os “radicais”.

Não por acaso, estas mesmas correntes do PT (EM, O Trabalho) e o PSTU defendem o apoio do movimento de massas às reacionárias greves apresentando os policiais como “trabalhadores da segurança pública”.

Só seitas completamente deformadas podem ignorar o ABC do marxismo e conceber agentes da repressão como meros “trabalhadores”.

A LBI caracteriza os policiais como membros de um “destacamento especial de homens armados” do Estado burguês para garantir a ordem capitalista e a propriedade privada.

Por isso, apoiar as greves reacionárias das polícias significa apoiar suas reivindicações que exigem melhores condições de trabalho (armamento, equipamentos, salários, etc.) para que possam exercer sua função “especial” de assassinar e torturar a população pobre, além de reprimir as mobilizações das massas exploradas.

Ao contrário de subordinar as organizações de massas à reacionária greve policial, como fazem os reformistas de todos os matizes, é necessário impulsionar nas lutas em curso a formação de comitês de autodefesa e milícias operárias, educando o proletariado e a juventude para a necessidade da destruição do aparato repressivo do Estado burguês, única via que poderia inclusive forçar uma ruptura revolucionária na hierarquia militar.

Por esta razão, a LBI é a favor de construir nas manifestações milícias de autodefesa e não nos opomos a que no curso da luta se ocupem prédios públicos e, muito menos, condenamos que se destruam bancos, estas são ações que expressam o ódio de classe contra o capitalismo.

A grande batalha a ser travada é prover essas ações no marco da adoção de um programa revolucionário, mas este debate programático em nada significa condenar as ações dos “Black Blocs”.

 Se houve algumas ações incorretas, como atacar lotações ainda ocupadas por trabalhadores, estas estão subordinadas à dinâmica geral do movimento de massas, correta no combate frontal aos “monumentos” da classe dominante.

Somente revisionistas do pior naipe podem afirmar que “A repressão é acionada em função das ações isoladas e radicalizadas”... de um setor que está do nosso lado na barricada da luta de classes!

A escandalosa posição do PSTU e da EM não representa a posição clássica do trotskismo, tanto que o velho bolchevique novamente no livro “Aonde Vai a França?” escreve: “Necessitamos de autodefesa de massas e não de milícia, nos dizem freqüentemente.

Mas, o que é ‘autodefesa de massas’? Sem organização de combate? Sem quadros especializados? Sem armas? Transferir para as massas não-organizadas, não-equipadas, não-preparadas, entregues a si mesmas, a defesa contra o fascismo, seria representar um papel incomparavelmente mais baixo que o de Pôncio Pilatos.

Negar o papel da milícia é negar o papel da vanguarda. Nesse caso, para que um partido? Sem o apoio das massas, a milícia não é nada.

Mas, sem destacamentos de combate organizados, as massas mais heroicas serão esmagadas, em debandada, pelos grupos fascistas. Opor a milícia à autodefesa é absurdo.

A milícia é o órgão da autodefesa”. Na verdade, a política do PSTU e da EM tem com base a negação de construir de um partido conspirativo, que organize as massas para a tomada do poder pela via da violência revolucionária, daí preventivamente isolar e atacar dentro do movimento qualquer setor que questione na prática sua estratégia pacifista pequeno-burguesa completamente adaptada ao regime burguês democratizante!

O que chama mais atenção é que enquanto condenam os “Black Blocs” no Brasil por quebrarem algumas vidraças de bancos, concessionárias de carros e lojas de luxo, quando se trata de apoiar os “rebeldes” mercenários na Síria ou anteriormente na Líbia chegam até mesmo a pedir, como o PSTU, que o imperialismo lhes forneça armas e apoiam inclusive os bombardeios da OTAN a população civil!

Em resumo, quando se trata de uma luta anticapitalista nada de “radicalismo”, porém quando apóiam abertamente forças reacionárias no Oriente Médio estes mesmos revisionistas!

O episódio envolvendo a legítima agressão de “Black Blocs” ao chacal coronel Rossi vai ser cinicamente usada como pretexto para ampliar a pressão da classe dominante pela militarização do regime político.

Tanto que o oficial da PM agredido, já em pleno Jornal Nacional neste sábado (26/10), vociferou: “Estou me sentindo como todos os policiais que se feriram até hoje, sentimento de dever cumprido, mas com uma clareza muito grande que só uma mudança legislativa e um conjunto de ações que transcendam as ações de polícia vão poder resolver esse problema.

Não é o homem que está sendo atingido ali, é o estado de direito. É o estado que está ali”. A tarefa colocada neste momento, onde a burguesia abertamente desencadeia uma nova onda repressiva contra o movimento de massas, é redobrar as mobilizações e cobrir de solidariedade todos os segmentos que estão na luta, independente de nossas diferenças programáticas.

Desde a presidente Dilma e o governo petista do Rio Grande, passando pelos tucanos em São Paulo até chegar à máfia do PMDB no Rio de Janeiro, há um acordo geral de criminalizar os militantes de esquerda e ativistas sociais como “formadores de quadrilha”.

É necessário que o movimento discuta sua própria forma de autodefesa contra a PM, os nazifascistas e infiltrados ao invés de fugir deste debate para depois facilmente “carimbar” os Black Blocs de “vanguardismo inconsequente”.

Como vemos, o debate sobre o “Black Blocs” é bem mais profundo, ele está ligado à estratégia do movimento de massas para derrotar a burguesia e a necessidade da construção de um partido leninista conspirativo com influência de massas para tomar o poder e impor a ditadura do proletariado contra a antiga classe dominante.

Enquanto o PT, inclusive sua ala “esquerda” e o PSTU alimentam o pacifismo pequeno-burguês e condenam os “Black Bloc”, a esquerda classista e os genuínos trotskistas devem apoiar todas as ações que ajudam a avançar na consciência de classe e na denúncia da democracia burguesa, travando um debate desde a trincheira de luta acerca de quais são os melhores caminhos a seguir no combate de classe pela liquidação do modo de produção capitalista.

Por isto nos colocamos incondicionalmente ao lado do militante “Black Bloc” espancado e preso por agredir o coronel da PM e exigimos sua liberdade imediata, assim como de 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

GUARANI-KAIOWÁ: "Xenofobia" impede a demarcação das áreas indígenas no Brasil!



Jovem índio Guarani-Kaiowá



Por Carlos Alberto

[...] Em vias de extermínio eminente, as comunidades, que estão sob cerco de pistoleiros, anunciam o genocídio Guarani – Kaiowá. Uma tribo com 170 pessoas está em vias de ser exterminada.

O Mato Grosso seria território do Paraguai se aquelas nações não tivessem lutado para defendê-lo, por isso receberam através de documento lavrado por D. Pedro II aquelas terras como propriedade legítima.

Esse ato na verdade foram um descalabro impositivo do modo de pensar das sociedades européias (invasoras dos territórios indígenas) e que são as matizes históricas da burguesia imperialista...

Os jovens, de estrutura emocional mais vulnerável, têm cometido suicídio com regularidade alarmante, por não suportarem o cerco e a ameaça iminente de serem atacados, passando pelos mesmos terrores que viveram anteriormente, por não abrirem mão do seu território

Enquanto isso a nossa Presidenta Dilma Rousseff se queixa de que os brasileiros são contra a participação de empresas estrangeiras na “partilha” do Pré-Sal (expropriação), e diz aos quatro ventos de que isso é um ato de “xenofobia” dos contrários. 

Imagine tudo isso, é apenas porque uma grande maioria do povo brasileiro se posiciona contra a venda do Pré-Sal que, na verdade é uma riqueza estratégica para o futuro do povo e um baluarte da soberania nacional, e que nunca deveria ser tocado pelas mãos das potencias estrangeiras...

Bem, Presidenta, se usarmos o seu raciocínio na questão indígena, eu também diria que a não demarcação das terras indígenas, em especial a Guarani Kaiowá, não ocorrem porque a senhora se considera acima de todos nós, até porque, sendo “Búlgara” descendente, talvez lhe falte esse sentimento de brasilidade tupiniquim.

Não obstante, o próprio STF que é o detentor das “letargias” criminosas e jurídicas, a serviço da ideologia dos ricos, juntamente com o Congresso Nacional, também sofrem coletivamente dessa patologia desonesta e diabólica chamada de “Xenofobia”.

Outro sim, não há razões para esse “postergamento” baseado em conceitos e interpretações jurídicas descabidas, naquilo que historicamente é um direito legítimo, ou seja, dar aos índios (meu povo, porque nãoʔ) aquilo que nos pertence desde que fomos invadidos em 1500. Ou será que eu estou sendo xenófobo? 

Esses são os entendimentos da Presidenta Dilma Roussef baseada no seu modo de pensar, queixando-se das contrariedades em relação ao Pré-Sal.

Na verdade as terras indígenas estão sendo expropriadas lentamente ao longo dos anos, inclusive com o apoio da “Teologia da Mentira” (proprietária de todos os movimentos sociais) que impõem aos nativos da terra, um novo pensar baseado no cristianismo inquisitório da etnia... 

Em algumas aldeias e acampamentos “dominados” pelas ONGs católicas picaretas e sugadoras de dinheiro público, os índios usam calças jeans, camisetas “Hering”, “Bilabong” etc, relógios digitais, filmadoras, notebooks, celulares e outras parnafenalias eletrônicas, elementos materiais alienígenas a cultura guarani, caracterizando esse novo “modus vivendi” como algo a ser perseguido pelas etnias nativas...

Crianças indígenas mascam chicletes, chupam balinhas de hortelã, comem gomas suculentas e açucaradas e, aos adultos, só falta mesmo usarem paletós e gravatas, para delírios dos defensores da pedofilia de batina (proprietária de todos os movimentos sociais) que tem como objetivo final catequizar e civilizar os genuínos donos das terras para entregá-los “lenta” e estrategicamente em bandeja a exploração dos caras-pálidas...


Neste ínterim, continua o assassinato de lideranças Guarani Kaiowá, e nada da demarcação das terras...

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Espionagem, soberania e o leilão do petróleo



Muito boa essa análise de conjuntura feita nesta postagem de Elaine Tavares, que formidavelmente coloca-a numa linguagem simples para entendimento popular.

Texto este que reflete a insensatez do governo popular PT/PCdoB e de sua base de apoio “governista”, que engloba inclusive partidos da direita reacionária que, não entendo, sinceramente, o porquê dessa necessidade desesperada do governo Dilma em se submeter a esses "aconselhamentos" e ir logo privatizando aquilo que publicamente, e historicamente o PT assumiu que nunca faria. São estradas, aeroportos, terminais marítimos, pré-sal, educação, saúde, empresas públicas etc.

Como jornalista, educadora e militante das causas sociais (Elaine Tavares), até consigo entender a ausência do nome dos partidos políticos no teor de sua publicação, já que foi assessora de imprensa durante a administração do governo popular no inicio dos anos 90 aqui em Florianópolis.

Mas, também é lamentável, no meu entendimento que, com as constantes manifestações que diariamente ocorrem no Brasil, esse “levante popular” possa servir como adendo de convencimento e fazer parte das estratégias eleitorais dos partidos de oposição nas eleições que se avizinham para a presidência da republica.

 Contrariando toda a lógica propagada por vários setores da esquerda, eu ainda reafirmo o risco de derrota ao qual estamos submetidos caso não houver uma radical mudança e comando nas manifestações que estão se sucedendo diariamente no Brasil, de forma aleatória e sem um programa e uma pauta mínima de teor revolucionário...

Eu sei que existem opiniões contrárias a minha, mas a falta de uma estratégia política dos sindicatos “convencionais” (ligados a CUT e a outras centrais da base de apoio) atua propositadamente como represadora das demandas sociais e, será no futuro responsabilizada pelo que eventualmente vier a se suceder...

Essas atuações comprometedoras dos sindicatos “pelegos”  dominados por carreiristas irresponsáveis estão formando uma bola de neve que levará a um possível revés eleitoral por conta dessa postura...

De nada serviu os esforços descomunais dos movimentos sociais ao longo de anos passados, de um trabalho meticuloso e de formação política junto às bases sociais, para hoje estando no governo, o PT sob a batuta de Dilma Rousseff, fazer exatamente tudo aquilo que contrariava, ou seja, privatizações, corrupção, inoperância, fisiologismo descarado, crimes de lesa-pátria em relação ao meio ambiente, a questão indígena e da reforma agrária, entreguismo e fascistização, com a criminalização dos movimentos sociais, aplicando-lhes a famigerada Lei de Segurança Nacional (LSN), justamente naquele que deveria ser o governo representativo das forças populares e democráticas.

 Ora, alguém vai dizer, mas peraí (sic), isso aí foi o governador Geraldo Alckmin que defendeu...

Mas e daí? Para o que serve o Ministério da Justiça num governo popular?

O governo Popular vai deixar a população organizada ser bombardeada com bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha, cacetadas e prisões ilegais e forjadas, sem ao menos levantar um dedo de contestação

Vai deixar passivamente que professor mal pago seja agredido covardemente por uma polícia corrupta e na formação de quadrilha, envolvida em assassinatos, um governador que usa o erário para interesses particulares e, não irá fazer nada em nome da independência e autonomia dos governos estaduais, que de fato não existem?

O Brasil é uma republica federativa e não um estado confederado onde cada integrante teria suas próprias leis e autonomia política e jurídica...

Para estancar essa ascensão fulminante na fascistização daquilo que deveria ser um governo popular e democrático, eu ainda defendo e sugiro a realização de uma grande marcha popular e democrática rumo a Brasília, com no mínimo 300 mil pessoas.

Manifestação, esta, que poderá obrigar por força da pressão das forças políticas do campo popular e democrático mudar os rumos das políticas sociais e econômicas do país...

 A impressão que se tem, é de que a Dilma está preparando o caminho para o retorno da direita ao poder, isso porque, a sua prática está sendo o discurso daqueles que foram derrotados...

Que D´us nos proteja!
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Por Elaine Tavares - Jornalista, Professora universitária e militante das causas sociais


Sempre digo por aí, não sem certa tristeza: somos os arautos da desgraça. Aqueles que sobem no mais alto monte e ficam a gritar sobre os males que virão. Não que sejamos videntes, pitonisas, magos. Não. Apenas analisamos a realidade, observamos as relações de causa e efeito e pronto: aí está o que pode acontecer. No geral, as coisas acontecem mesmo. É ciência.

Desde há muito anos denunciamos os programas de espionagem do governo dos EUA. E antes de nós outros já denunciavam. Mas, nossas palavras ficam no vento: teoria da conspiração, coisa de esquerdinhas, maluquices dos que são anti-progresso e tantas outras etiquetas pejorativas que se usam para desqualificar nossas análises e opiniões. Para a maioria da população, que conhece a realidade através da mídia comercial, as relações com os Estados Unidos sempre foram muito boas e assim tem de ser, afinal, esse é um país grandioso que tem muita coisa a ensinar e oferecer. Pessoas há que, inclusive, acreditam ser muito bom ser dependente dos EUA, já que esse é um país importante.

Em todos os meios de comunicação de massa raras são as notícias ruins sobre os EUA. No mais das vezes, as que aparecem são as  impossíveis de esconder, como é o caso das chacinas que jovens adolescentes praticam sistematicamente. Mostra-se o fato, a dor, a tragédia, mas quase nunca aparece uma boa análise dos motivos que levam a isso. O jornalismo não se presta a desvelar a realidade. É mera propaganda. Então, fatos como esses aparecem como patologias, falhas na matrix, e não há ligação com o fenômeno da violência de uma sociedade militar.  Assim, logo em seguida, novas notícias sobre a Disneylândia ou o lançamento do "Homem de Ferro 3" colocam as coisas todas no lugar outra vez.

Pois agora, nos últimos tempos, a espionagem dos EUA sobre o mundo veio à tona na denúncia de um jovem estadunidense que trabalhou para uma dessas empresas que roubam dados e fuxicam a vida de pessoas e estados para que o governo possa atuar na defesa dos interesses da elite dominante daquele país. A notícia se espalhou. Não havia como negar. Até então, as provas repassadas pelo WikiLeaks eram vistas com ceticismo e seu criador, Julian Assange, era igualmente desqualificado como pessoa, para que suas informações se perdessem no vazio. E, afinal, Assange é um inglês, logo, poderia ser um inimigo dos EUA, ou, quem sabe, um esquerdinha a mais.  

Foi apenas quando a denúncia veio de dentro mesmo do "monstro" que os meios de massa tiveram de dar algum destaque. Ainda assim, tudo segue meio nebuloso. E Edward Snowden ainda está revestido de mistério. Afinal, como um "americano" normal iria denunciar seu próprio país. Seria ele um tolo? Assim como foi tolo o jovem Brad Manning ao denunciar as atrocidades dos EUA no Iraque, tentando mudar essa realidade, tentando "ajudar" seu país? Perguntas que a mídia comercial deixa no ar, para que as pessoas passem elas mesmas a formular essas teses, aceitando-as como verdadeiras: os caras são traidores da pátria deles.

Só isso pode explicar o fato de o Brasil ter sido espionado naquilo que tem de mais estratégico que são suas riquezas naturais, e tudo ficar por isso mesmo. Comprovado ficou que os Estados Unidos espionaram a Petrobras, espionaram a presidente do país, espionaram ministros. O máximo que se teve de repercussão foi um discurso na ONU e um pedido de explicações ao governo dos EUA. O governo explicou? O Brasil se satisfez com as explicações? O que está em jogo no tabuleiro da espionagem das riquezas do país?

Alguém já pensou no que aconteceria se fosse o contrário. Se o governo brasileiro tivesse espionado alguma empresa estratégica dos EUA, que respostas receberia do país governado por Barak Obama? Certamente a Quarta Frota ocuparia nosso litoral. Os mariners viriam aos montes, os Seals, a CIA, e toda a sorte de mercenários ou patriotas. Haveria uma guerra? Ocupariam Brasília? Viriam o Rambo, o Duro de Matar, o Homem de Ferro, o Capitão América, os Vingadores? Sim, viriam!

Mas, e o Brasil, que poderia fazer? Uma guerra? Possivelmente não. Temos de ser realistas. Mas, uma coisa poderia ser feita sim. Ou melhor, deveria. Cancelar os leilões da Petrobras. É fato notório e comprovado que espionaram a empresa brasileira de petróleo. É fato que o Brasil tem reservas imensas no pré-sal. É fato que as empresas estadunidenses estão de olho no petróleo, não só aqui, mas em todo o mundo. Logo, se espionaram a Petrobras estão de posse de informações estratégicas sobre os campos de petróleo. E, sendo assim, serão as vencedoras nos leilões que mais lhe interessarem. Não é esquerdismo, nem teoria da conspiração. É matemática. Junta dois mais dois e tem o quatro. Não há erro.

Pois apesar de todo esse cenários de filme roliudiano, a presidente Dilma (que foi espionada também) decidiu manter o leilão do Campo de Libra para o dia 21. Está ajoelhada diante do império. Nenhuma reação prática além das palavras na ONU. E mais, chamou o exército para cercar as ruas impedindo que a população se manifeste. Submete-se vergonhosamente aos interesses externos e enfrenta o povo de seu país como inimigo. Porque, afinal, exército é uma instituição que existe para defender o país de agressões externas, de inimigos.

As perguntas que as pessoas devem se fazer é: quem são os inimigos do país? Quais são os que devem ser enfrentados? As pessoas que aqui vivem e que querem proteger as riquezas naturais? Ou os estrangeiros que vêm explorar o petróleo, levando as riquezas para fora do país? Seriam os trabalhadores da Petrobras, os sindicalistas, os militantes do Movimento Sociais os verdadeiros inimigos do Brasil? Pensem nisso... Com calma!

E aqui vão outras indagações para ligar os fios da realidade social: que relação tem tudo isso com os protestos que tem sido realizados nos últimos tempos? Por que foi votada uma lei que transforma em "bandido" e "perigo nacional" aqueles que estão nas ruas se expressando da única forma com a qual conseguem  ser ouvidos? Por que se manda para os presídios estudantes e populares que enfrentam a polícia na luta por direitos e por soberania? Seria realmente "vandalismo"  a reação desesperada de quem não consegue ser escutado como cidadão que pensa e decide as políticas de governo? Afinal, os governantes não deveriam governar baseado nas demandas do seu povo? Ou devem governar baseados nos desejos de empresas transnacionais ou governos estrangeiros?

Pois essa é a trama do tecido social que temos estendido sobre nossos olhos. Segunda-feira acontece o primeiro leilão do pré-sal. Nossas riquezas sendo entregues possivelmente aos mesmos que nos espionaram. Nas ruas, as pessoas que insistem em ver o Brasil soberano, dono de suas própria riquezas, enfrentarão mais que a polícia. Enfrentarão o exército, colocado nas ruas para "defender" a nação. Defender o Brasil dos brasileiros. Jovens, sindicalistas, populares, reagirão organizadamente, pacificamente. Outros reagirão desesperadamente. A luta é desigual. De um lado, homens armados, treinados para exterminar o inimigo. Do outro, gente indignada, apaixonada, desesperada diante da força bruta.

E na televisão os repórteres bem-mandandos ouvirão pessoas que chamarão de "vândalos" aos que lutam. E aparecerão pessoas do povo dizendo que o lugar de quem está mascarado e reage violentamente num protesto deve ser mesmo o presídio. E toda essa gente que luta pelo Brasil soberano será colocada na condição de bandido, terrorista, baderneiro. E os âncoras dos telejornais farão aquelas caras constritas para falar da "violência" perpetrada por pessoas que não querem o progresso do Brasil. O progresso deles, dos âncoras, que são os ventríloquos daqueles que dominam, é o da entrega das riquezas, o da submissão, da dependência. E as pessoas "de bem" dormirão tranquilas, sabendo que os "bandidos" estarão nas cadeias.

Só que as pessoas que lutam pela soberania nacional não são bandidas. Elas são o povo. E isso não se acaba assim, na prisão de alguns. A luta recomeça e, de novo, nas ruas, estarão milhões.   Porque a realidade mesma é clara. Esses espaço geográfico é dos brasileiros e dos que aqui escolheram viver. Não pode servir de lugar de exploração, como sempre tem sido desde a invasão em 1500.

A segunda-feira que virá escreverá os destinos do país.  

domingo, 6 de outubro de 2013

Dilma Rousseff X Aécio Neves: um embate histórico no segundo turno das eleições presidenciais de 2014, que poderá surpreender. Acredite se quiser!



Por Carlos Alberto

Contrariando a lógica de alguns especialistas e comentaristas políticos, minha avaliação e humilde previsão são de que com o “repúdio” da elite em relação ao registro da “REDE de insustentabilidade” (este foi o motivo de ser rejeitada pela nata da burguesia) que, sob a falsa “batuta” de Marina Silva e a tutela enrustida do Banco Itaú e seus “colaboradores” (não por acaso) ongueiros, agentes financeiros, ambientalistas de araques, latifundiários e representantes do agronegócio entre outros, o que vimos é realmente uma avenida aberta para a ascensão de Aécio Neves “prognosticamente factível” ao Palácio do Planalto. 

Pensar que com a rasteira política e jurídica recebida pela “REDE” de Marina Silva levaria Dilma a uma reeleição fácil é no mínimo desconsiderar fatores sazonais e estratégicos ocultos pela janela da história, que se abrem escancaradamente a favor dos Tucanos e das forças políticas, realmente interessadas na troca de cadeiras do Palácio do Planalto.

Este autêntico jogo de xadrez travestido de acasos da legalidade e da transparência jurídica é na verdade uma forte e eficiente estratégia com objetivo traçado para ser alcançado por aqueles que na história recente foram alijados (eu diria, momentaneamente) do poder pela suposta via democrática, ou seja, pela democracia burguesa e suas mazelas em pleno exercício...

Pra quem não conhece Aécio Neves, talvez tenha dificuldades em prever (conheci-o  durante as eleições de 2006 em SC e, não precisamos ser videntes) essa possibilidade que está sendo costurada por mãos escondidas da compreensão popular, que em síntese, é representada pelo capital maior em parceria siamesa de sobrevivência com o STF. Dúvidas? Nenhuma!

Sendo assim, vale observar que todo este evento “REDE” e Marina Silva, fazem parte dessa estratégia pútrida e bem arquitetada...

Na verdade isso ai funciona como uma corrida ciclística, onde alguns corredores são colocados estrategicamente a frente dos demais “pelotões” para que na arrancada final o verdadeiro líder e vencedor se apresente...

A “adesão” fingida de Marina Silva ao pragmatismo político do PSB de Eduardo Campos, antecipado por um leilão virtual de sua candidatura natimorta ao palácio do planalto e, que foi oferecida aos partidos capengas de lideranças, com densidade eleitoral exigidas pelo jogo político vitorioso, objetivamente se junta de forma a ser despercebida em nível de Brasil, as correntes conservadoras dos quadros transladados do antigo gerente histórico (e ex presidente nacional) do PFL, o ex Senador Jorge Bornhausen e sua troupe maquiavélica (carioca de nascimento e radicado em SC) que tem como comandante “Títere” o seu filho Paulinho Bornhausen (Deputado Federal)...

Em Santa Catarina o PSB é a vala comum da podridão dos herdeiros ideológicos da ditadura militar...

Para este embate histórico está escalado antecipadamente o mineiro “mauricinho” que é um exímio debatedor e um excelente “orador”, portador contumaz de argumentos singelos e objetivos que o povão gosta de ouvir (abomina literalmente o discurso ideológico e classista), esses, quesitos eleitorais indispensáveis que realmente interessam ao povo humilde que tão bem e, estrategicamente o ex-governador sabe se dirigir.

 Aécio Neves é um cara que já vem há muito tempo sendo preparado para este embate histórico com o PT e, é o melhor representante da burguesia para este momento “turvo” moralmente exposto, e que, incrivelmente, e popularmente falando, está com a “cola limpa”.

 Sendo assim, é a bola da vez da burguesia conservadora rumo ao planalto, conforme os critérios éticos e moralistas exigidos pela ótica popular...

Mais do que nunca, as denuncias de corrupção do governo de Dilma Rousseff que, aliadas aos do governo Lula da Silva, neste caso tendo o mensalão como carro chefe, faz inegavelmente um grande e suculento “bandejão” para o paladar dos moralistas e dos frustrados com aquilo que esperavam do governo popular, incluindo ai setores populares e classistas, que juntamente com a classe média, no auge das conquistas obtidas historicamente e, auferido ao longo dos anos, e inegavelmente se delicia com o novo padrão de vida, hoje está temerária de perder seu status.

 Neste jogo oculto do tabuleiro político, o papel do STF em postergar sob a argumentação do exercício do estado de direito (dos “mensaleiros”) o amplo e inesgotável direito de defesa (fictício), tem como fundamento estratégico maior, a manutenção da corrupção petista no universo pensante e permanente da população, ou seja, os corruptos ainda estão sendo julgados, não se esqueçam disso e blá blá blá...

Ingênuos são os que torcem pela absolvição daqueles que há muito tempo deixaram de ser revolucionários para aderirem ao capitalismo e ao ganho fácil em cima da penúria social popular, fato esse, que se tivesse ocorrido a algum tempo atrás, seguramente seria menos explorado politicamente...

Por outro lado, o chamado PIG finge-se de morto, passando a fazer uma mea culpa pública por erros do passado e a divulgar de forma inteligente e cotidiana o que interessa aos ouvidos da população...

 Na verdade, a manipulação descarada, hoje se encontra reprimida a pequenas mudanças para os novos tempos...

A questão da reforma agrária, da construção de usinas, Belo Monte, entre outras, da transposição dos Rio São Francisco, inacabada e em estado caótico e de decomposição, por abandono e  superfaturamento, essas, obras e projetos, são publicamente  criticados pelos setores progressistas da igreja católica, (na verdade, pela Teologia da Mentira, um dos sustentáculos na edificação do PT juntamente com o  sindicalismo classista de resultados). 

Essas obras, desde o seu planejamento inicial tornaram-se politicamente uma faca de dois gumes, que gerados pelo centralismo político, afiliado do fisiologismo resultaram na má gestão e na execução irresponsável desses empreendimentos discutíveis para os interesses populares, e passam obrigatoriamente a fazerem parte dos ingredientes que compõem o discurso da burguesia para o pleito que se avizinha.

O programa recente do PSDB já deu mostras sutis do que vem pela frente...

Com a constante quebra de compromissos assumidos em campanha, entre as mais “intrigantes” para o conjunto dos movimentos sociais estão os das privatizações do pré sal, da Petrobras, dos aeroportos, das rodovias, da saúde (através dos convênios nebulosos com o setor privado, do abandono na questão indígena, da educação, por ora representado pela terceirização e desvio de dinheiro público para as universidades particulares, que também aliados ao fisiologismo político (autêntico jogo mafioso) na proliferação de ministérios sem estruturas físicas e financeiras mínimas, e sem projetos concretos, apenas para atender demandas partidárias da chamada base governista, levam ao “bandejão” eleitoral, todos os ingredientes que o tornam suculento para um banquete eleitoral...

Contrariando a lógica convencional, as manifestações do mês de junho, os quebra-quebra (na linguagem burguesa) que ocorrem esporadicamente sem o comando efetivo das centrais sindicais estão apenas alimentando com fagulhas a ambição dos conservadores rumo ao Palácio do Planalto...

A falta de uma estratégia política do campo popular e democrático sob a batuta efetiva dos partidos de esquerda e com um programa revolucionário mínimo torna este prognóstico assombroso por uma realidade a ser vivida...

Marina Silva cooptada ainda no governo Lula, cumpriu sua tarefa histórica para a burguesia, até porque, os chamados 20 milhões de votos recebidos pela candidata de aparência matuta e enganosa, não lhes pertencem mais.

Afinal, era na sua grande maioria votos de protesto diante da corrupção emergente no governo Lula pelo qual ajudou a denunciar com ampla divulgação pelo PIG, colocando-se como  salvadora da pátria.

A grande “tacada” da burguesia nacional protagonizada com o advento da rejeição no registro da “REDE” trata-se na verdade,  do incremento do grande revés eleitoral que se avizinha na contra-mão dos prognósticos convencionais...

Aécio Neves é de forma despercebida, que caminha na sombra dos ultimos acontecimento, o maior adversário de Dilma Rousseff, e com chances reais de vitória!

Acredite se quiser!