quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O Trabalho da Mulher na Fábrica

V. I. Lênin
Março de 1899
(. . .) Falando sobre a transformação que a fábrica operou nas condições de vida da população, deve-se observar que a incorporação de mulheres e de adolescentes à produção(1*) é no fundo, um fenômeno progressista. Não há dúvida de que a fábrica capitalista põe essas categorias da população operária numa situação particularmente difícil; não há dúvida de que a estas mais do que às outras, é necessário reduzir e regular a jornada de trabalho, assegurar condições higiênicas de trabalho etc., mas a tendência a proibir por completo o trabalho das mulheres e dos adolescentes na indústria ou a manter o regime patriarcal, que não admitia esse trabalho, seria reacionária e utópica. Destruindo o isolamento patriarcal dessas categorias da população que anteriormente não saíam dos estreitos limites das relações familiares e domésticas; atraindo-as à participação direta na produção social, a grande indústria mecanizada acelera seu desenvolvimento, amplia sua independência, isto é, cria condições de vida infinitamente superiores à imobilidade patriarcal das relações pré-capitalistas(. . .) (2*).

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